Os precariados, a nova classe trabalhadora, foi tema de debate no primeiro dia do Fliv-Rio. Mediado pelo presidente do Sinttel-Rio, Luis Antônio Sousa da Silva, a mesa contou com o deputado federal do PT Reimont, o professor Ruy Braga e o historiador Alexandre Barbosa Fraga.
Ruy Braga, autor de dois livros sobre a política do precariado, apontou a entrada da China e da Índia no mercado de trabalho como responsável por um choque mundial de oferta de trabalho. “Foi uma quantidade astronômica de trabalhadores que acabou gerando precarização no trabalho”. Ele lembrou ainda que a grande maioria dos países que realizou reforma trabalhista gerou impacto negativo para os trabalhadores que perderam direitos.
Em seguida, Alexandre Barbosa Fraga, autor do livro “Juventude Trabalhadora e Sindicatos”, afirmou que falar em juventude é falar em precariado. E foi além, afirmando que, em suas pesquisas, o resultado mostrou que quem está no mercado de trabalho é do grupo jovem- mulher–negra.
Para Reimont, o trabalho é uma dádiva da criação. “Nós trabalhadores estamos sempre construindo uma obra”. Ele ainda lembrou que a precarização é degradante e ninguém merece passar por isso.