A Comunicação Popular no Rio de Janeiro! Esse foi o tema da nossa primeira mesa do dia. Mediada por Euro Mascarenhas, jornalista do Núcleo Piratininga de Comunicação, teve as participações de Carolina Vaz, editora do Jornal O Cidadão, no Complexo de Favelas da Maré, e Pedro Barreto, professor do Núcleo de Estudos em Políticas Públicas e Direitos Humanos da UFRJ.
Carolina trouxe um panorama da atuação e das dificuldades para sustentabilidade dos jornais comunitários, das diferenças de linguagem e estéticas (mais próximas do povo) e das interferências que a violência urbana provoca nas possibidades de comunicação nas periferias cariocas. Ela propõe a criação de um fundo de financiamento para mídias comunitárias, com participação do Estado.
Pedro fez uma análise da postura da mídia tradicional na legitimação da violência institucional nos territórios de favelas. Lembrou também da importância de fortalecer o trabalho dos profissionais das empresas públicas de comunicação.
Já Euro Mascarenhas alertou que os próprios partidos políticos não incentivam as mídias alternativas e que a esquerda precisa voltar a pautar a democratização dos meios de comunicação. “Não podemos continuar sendo reféns deles, das plataformas, precisamos criar e poder manter as nossas próprias estruturas”.