No palco externo do Fliv-Rio, na tarde de sábado (07/10), o professor e poeta Diogo de Andrade apresentou seu livro “Coisa de Preto”. Ele dividiu com a professora Viviane Aprigio a leitura de alguns dos poemas que descrevem a realidade da população negra e provocam reflexões sobre racismo, genocídio do povo preto, homofobia, desigualdade, mas também potência e resistência. Os poemas de Diogo têm como base sua vivência como homem negro, pai e professor
“A gente está sempre olhando o topo, mas não olha a base, o que iníciou aquilo tudo. Os poemas nos fazem olhar para a base do problema e tentar buscar soluções. Não é possível que entra ano, sai ano, tudo continue a se repetir”, afirmou Viviane Aprigio.
Diogo discutiu também as dinâmicas da violência urbana, que se apresenta de formas diferentes nas áreas nobres e nas periferias. O autor denunciou ainda as diversas formas de preconceito. “É algo que precisamos inflamar no nosso discurso: não toleramos nenhum tipo de intolerância. Não se pode ser antirracista, e aceitar lgbtfobia ou machismo, por exemplo”, declarou Diogo.