A mesa de debates que fechou o segundo dia do Fliv-Rio tratou do atual governo: “10 meses de Lula III. Avanços e recuos da esquerda numa conjuntura complexa e desafiadora”.
O mediador, Gilberto Palmares, fez um breve relato da reconstrução da democracia no país e afirmou que um dos maiores desafios da esquerda é buscar novas formas de mobilização para além das conhecidas. “A esquerda precisa enfrentar o debate de uma reforma Tributária, por exemplo, e não deixar só nas mãos do Lula e de seu governo”, reiterou Gilberto.
Em seguida, foi passada a palavra para o professor de Relações Internacionais Luiz Felipe Osório, que apresentou o livro de sua autoria: “Brasil sob escombros. Desafios do governo Lula para reconstruir o país”, obra em que foi feito um balanço da tragédia que foram os quatro anos do governo Bolsonaro e uma projeção do que será o governo Lula III. Para o professor, com a eleição de Lula, o povo voltou a vislumbrar o futuro, mas com esperança e algumas contradições.
Outra convidada da mesa, a professora de economia Juliane Furno, acredita que é preciso que a esquerda se vacine para não cair em dois riscos analíticos do governo: o idealismo que leva a achar que tudo é possível e que, se não der certo, o pensamento é que não se fez tudo que era possível. E o pragmatismo, onde se acredita que o problema está em não termos capacidade, tirando a responsabilidade da falta de ação.