O livro de Maria Cristina Rodrigues e Elina Pessanha foi tema da roda de conversa realizada na tarde desta quinta-feira(5) no Fliv-Rio. As autoras abordaram os ataques aos direitos no encontro com mediação de Lucília Aguiar, que faz parte da equipe de formação do Sinttel-Rio.
Maria Cristina levantou as perdas dos trabalhadores nos últimos anos, processo que se iniciou em 2016 com a reforma trabalhista de Michel Temer e foi aprofundado pelo governo Bolsonaro. “Durante a pandemia, os sindicatos foram importantíssimos para a manutenção dos direitos dos trabalhadores e novas conquistas para demandas que surgiram exclusivamente na pandemia e foram negligenciadas por aquele governo”, explica Cristina.
Já Elina enfatizou a hegemonia do neoliberalismo, que nos impõe essa realidade de fragmentação da classe trabalhadora para servir apenas ao capital. Para a professora Elina, há uma luz no fim do túnel, já que o atual governo se uniu às centrais sindicais e montou uma comissão para discutir um novo estatuto do trabalho, que busque ampliar os direitos para todos os trabalhadores, inclusive os informais, e que já contemplem as novidades do mundo do trabalho pós-pandemia. “A CLT assegura muitos direitos, mas vale lembrar que ela tem 80 anos e precisa ser revista”, conclui.
Maria Cristina Rodrigues é professora da Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense, com experiência na temática do trabalho e dos trabalhadores, assim como dos movimentos sociais ligados à sua história de organização, resistência e lutas.
Elina Pessanha é professora titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e dirige o Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro, também na UFRJ.
Após a roda de conversa, as autoras autografaram o livro para os presentes.