O FLIV-RIO ENTREVISTOU, SÁLVIO NIENKöTTER, COORDENADOR E EDITOR DA KOTTER EDITORIAL
FLIV-RIO
Como você avalia o mercado editorial nesta fase pós pandemia?
O mercado editorial vive um alvissareiro reflorescer, como ficou muito patente na avalanche humana que tomou a Bienal de São Paulo. Paralelamente à tragédia humana e econômica, a pandemia parece ter tido um efeito de aumentar o interesse das pessoas em ler e, principalmente, escrever livros.
Claro que vivemos ainda uma crise, que culminou no fechamento das redes mais tradicionais de livrarias, mas parece que as condições para uma grande retomada estão postas e o grande desafio é nos adequarmos para esse novo mundo que estamos fazendo as contas pra hora que vai chegar: a volta da verdadeira democracia.
FLIV- RIO
Pode-se dizer que apesar da crise econômica e do momento político em que vivemos, temos uma boa safra de livros?
Vivemos um aumento exponencial de autores no Brasil. Na época da TV e do telefone, as pessoas pararam de escrever cartas e de ler. O mundo dos E-mails e das redes e blogs fez o público retomar o gosto pela escrita, muita gente passou a descobrir em si o talento para escrita e vivemos hoje uma horizontalidade, com muito mais gente publicando.
A digitalização no mundo gráfico também permitiu tiragens menores, o que incentiva as editoras a publicar livros, mesmo aqueles que não prometem sucesso estrondoso, mas que têm qualidade.
FlIV-RIO
A Kotter é parceira no Festival do Livro Vermelho, o que a editora destaca desta participação para o público FLIV-RIO?
A Kotter tem mantido uma média de dez a doze lançamentos todos os meses, com isso, as novidades não param de chegar. Para Festival temos muita coisa boa. No momento estão muito em evidência os livros vermelhos de grandes jornalistas. Só não vamos citar porque seria uma lista muito extensa de nomes estelares. Cremos que o público vai se fartar.